Secretário de Saúde da Bahia fala sobre os próximos 15 dias e desabafa: “Fizemos o que foi possível”

Nesta segunda-feira (4), algumas declarações deixaram o povo preocupado. Isso porque a maior autoridade de saúde da Bahia trouxe um cenário complicado para os próximos dias. Mas afinal, o que aconteceu?

Por conta das festas de fim de ano, muita gente resolveu viajar ou encontrar a família na própria cidade. Festas e aglomerações aconteceram em todo o estado, mesmo com a atuação dos agentes públicos. Então, o secretário de saúde do estado, Fábio Vilas-Boas, desabafou sobre o que deve acontecer nas próximas duas semanas:

“Fizemos o que foi possível ser feito. A polícia fechou centenas de festas durante o período do Natal e Réveillon, e a própria comunidade fez seu papel de denunciar, de contestar síndicos de condomínios. Tivemos um movimento muito colaborativo da sociedade, mas não foi suficiente para impedir as milhares de aglomerações que aconteceram. A consequência disso acontecerá daqui a uma semana, dez, 15 dias, vamos ver aumentar o número de casos novos por dia, que vinham em estabilização e decréscimos.”

Além disso, Fábio explicou sobre o atraso na notificação dos últimos dias e falou sobre a possibilidade da reativação de leitos:

“Esses casos que estamos vendo nas últimas semanas estão artificialmente reduzidos em função dos feriados prologados de Natal e Réveillon. As equipes no interior entram em recesso e param de notificar. Vamos ter ao longo dessa primeira semana além de uma notificação do que ficou represado, o acréscimo natural que a gente vai esperar em função das aglomerações. Nossas unidades de terapias intensivas (UTIs) estão em torno de 80, 83%, temos leitos a serem abertos e temos uma carta na manga que é aqui em Salvador, o Hospital de Campanha, na Fonte Nova, que continua fechado. Caso venha ocorrer um aumento desproporcional, nós temos a possibilidade de reativar aquela unidade, mas acredito que não venha a ser necessário em função dos novos leitos todos que acabamos abrindo, inclusive no Hospital Espanhol.” Mas não é só isso.

E quem passou as festas com a família?

Contudo, o risco existe até mesmo para quem não frequentou grandes aglomerações e ficou com família durante o natal ou no ano novo. Isso porque os comes e bebes dos festejos exigem a retirada das máscaras e a socialização nesses momentos é quase inevitável. Todavia, isso não é motivo para pânico. Caso esse seja o seu caso, fique atento a sintomas que podem surgir em até 15 dias depois da sua última confraternização em família. Na maioria dos casos, eles surgem em 4 ou 6 dias. Caso isso aconteça, entre em contato com as autoridades de saúde da sua cidade e siga as orientações que lhe forem passadas.

Da Redação do Acontece na Bahia.