Procuradoria pede suspensão do salário de Sergio Moro

O Subprocurador-Geral Lucas Rocha Furtado solicitou ao TCU (Tribunal de Contas da União) a suspensão do pagamento de futuras remunerações ao ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.

Moro deixou o governo Bolsonaro em abril, mas continuará recebendo os R$ 31 mil mensais, valor pago aos integrantes do primeiro escalão, até o mês de outubro deste ano. Os salários são pagos aos membros da cúpula governista durante um determinado tempo porque são proibidos de prestar serviços à iniciativa privada por seis meses – período chamado de quarentena – após sua demissão.

“Privilegiado com a autorização da Comissão de Ética Pública, é de conhecimento que o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sr. Sérgio Moro, vem acumulando funções em diversos veículos de comunicação, dentre os quais a revista Crusoé e o jornal O Globo”, justifica o sub-procurador.

Em resposta, Moro disse que a quarentena impede exercer a advocacia e consultoria, mas não as colunas. “A Comissão de Ética Pública da Presidência da República, responsável pela definição das regras sobre a quarentena, autorizou o ex-ministro da justiça Sérgio Moro de publicar textos em colunas de veículos de comunicação, por se tratar do exercício da liberdade de expressão e por não gerar conflitos de interesse. Existe o impedimento, determinado pela referida Comissão, de atuar como advogado ou consultor no período de duração da quarentena”, defendeu.