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Morte de garçonete no Extremo Sul da Bahia ganha nova versão: polícia descarta bala perdida

Morte de garçonete no Extremo Sul da Bahia ganha nova versão: polícia afasta bala perdida

A morte da garçonete Raiane Bispo Santana, de 30 anos, em Nova Caraíva, distrito de Porto Seguro, ganhou novos desdobramentos após a polícia descartar a hipótese de bala perdida e confirmar que o caso se trata de execução. O crime aconteceu na noite da última segunda-feira (18), na Costa do Descobrimento, e vem mobilizando a comunidade local.

Segundo informações apuradas, Raiane teria sido alvo de integrantes da facção Comando Vermelho, sob a suspeita de colaborar com um grupo rival de Itaporanga. A análise da perícia encontrou resíduos de pólvora no braço da vítima, o que comprova que ela foi atingida por tiros disparados a curta distância, caracterizando uma execução à queima-roupa.

Como foi o crime

As investigações indicam que os acusados atravessaram um rio para chegar até o restaurante onde a garçonete trabalhava. O primeiro disparo teria ocorrido ainda na área externa. Na tentativa de escapar, Raiane correu em direção ao alojamento, mas foi perseguida e alvejada dentro do quarto.

No local, a polícia encontrou marcas de tiros na cerca, em uma janela e na parede interna, o que reforça a suspeita de que mais de uma arma foi utilizada na ação criminosa. Um dos autores já foi identificado e seria o mesmo homem que aparece em vídeos recentes exibindo uma espingarda calibre 12 em Itaporanga.

Quem era a vítima

Natural de Itabela, Raiane havia se mudado para Nova Caraíva há apenas quatro meses em busca de melhores condições de trabalho. Atuava como garçonete e também ajudante de cozinha no restaurante onde foi morta.

Familiares afirmaram que ela tinha uma vida simples, sem envolvimento com drogas ou atividades ilícitas. Era conhecida pelo comportamento reservado, por sair pouco de casa e manter boas relações sociais. Por isso, a notícia da execução causou choque entre amigos e moradores da região.

Repercussão e medo na comunidade

A execução da garçonete gerou medo na comunidade local, já que a região é marcada por disputas entre facções criminosas que atuam em Porto Seguro e municípios vizinhos. Moradores relatam que a sensação de insegurança se intensificou após o crime, e comerciantes estão apreensivos com possíveis novos episódios de violência.

Entidades civis também se manifestaram pedindo justiça e cobrando uma resposta rápida das autoridades. O caso reforça o alerta sobre a escalada de crimes ligados ao tráfico no Extremo Sul da Bahia, área que tem registrado confrontos constantes.

Próximos passos da investigação

A Polícia Civil informou que segue colhendo depoimentos e analisando imagens de câmeras de segurança que podem ajudar a esclarecer a dinâmica da execução. A identificação de um dos suspeitos deve agilizar o pedido de prisão preventiva.

Enquanto isso, familiares da garçonete aguardam respostas e esperam que o crime não fique impune. Eles reforçam que Raiane nunca teve qualquer envolvimento com o tráfico e pedem que seu nome não seja injustamente associado às disputas entre facções.

Uma vida interrompida

A trajetória da garçonete evidencia como a violência tem atingido pessoas sem histórico criminal e interrompido vidas que estavam em busca de estabilidade. Raiane deixou familiares inconformados e uma comunidade que clama por mais segurança e justiça.

O caso segue sob investigação e deve ter novos desdobramentos nos próximos dias.

Da Redação

Foto: Reprodução/Redes Sociais

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