Perito: Tamyris não foi morta após mal súbito de motociclista

O perito do Instituto de Criminalística (IC) Jairo Lemos descartou a tese levantada pela defesa do motociclista que atropelou e matou a estudante de odontologia Alessandra Tamyris Tristão Santos, de 23 anos. Ao contrário do que alega o advogado de Marcos André Borges Ferreira, de 51 anos, Lemos descartou que o suspeito tenha tido um “mal súbito” e perdido o controle da moto, que atingiu a vítima na calçada da Avenida Conde da Boa Vista, no Recife.

O perito assina o laudo realizado pelo IC no local do atropelamento e ressalta que a colisão não poderia ter sido provocada por um “apagão” do condutor. Em entrevista à TV Clube, ele disse que a trajetória da moto e a velocidade com que  o veículo invadiu a calçada inviabilizam o argumento da defesa:  “Se tivesse mal súbito, ele teria tirado as mãos da empunhadura do lado direito, que é o acelerador da moto, e tomado outro destino ou tombado ali na via. Então, mal súbido não está caracterizado para esse feito”.

Jairo Lemos concluiu que “a falta de atenção e os cuidados dispensados para a segurança do tráfego” foram os motivos do atropelamento que tirou a vida de Tamyris. “Primeiramente, a velocidade não era compatível para o local. Ele vinha com excesso de velocidade, subiu o meio-fio, chocou-se primeiramente com uma estrutura metálica que orientava as vias, desgovernou e atingiu a jovem”.

O laudo já foi concluído e enviado à Delegacia de Delitos de Trânsito, que investiga o caso. No entanto, o perito informou que está aguardando a chegada de um vídeo de circuito interno que registra o momento do atropelamento.  Através dessas imagens, o IC vai calcular a velocidade da moto nos segundos finais antes da colisão e anexar o resultado ao inquérito.

(Fonte: OP9)