Paulo Guedes confirma auxílio de R$ 400 até final de 2022 e estuda estratégia de alterar teto de gastos

Uma notícia tem sido destaque nas redes sociais nesta quinta-feira (21). Em evento promovido nessa quarta-feira (20) pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), o ministro da economia Paulo Guedes, confirmou que o governo federal pagará R$ 400 de Auxílio Brasil até o final de 2022. O ministro destacou que o governo estuda maneiras de alterar o teto de gastos para pagar o benefício.

“Estamos passando de 14 milhões para 17 milhões de famílias e ao mesmo tempo indo para R$ 400. Nenhuma família vai receber menos que os R$ 400”, disse o ministro Paulo Guedes durante o evento. “É um enorme esforço fiscal, e o que nós temos discutido aqui é como é que nós podemos fazer isso dentro de toda a estrutura fiscal que nós temos hoje”, comentou.

A proposta do governo, visa substituir o Bolsa Família e o Auxílio Emergencial, e estará disponível aos beneficiários do programa em novembro, segundo informações do Ministro da Economia.

Paulo Guedes explicou que existem duas alternativas para possibilitar os pagamentos. Uma opção seria rever o teto de gastos e a segunda excepcionalizar a parcela do auxílio deixando o montante fora da regra fiscal. A segunda opção traria uma limitação a pouco mais de R$ 30 bilhões em 2022, de acordo com Paulo Guedes.

“Os salários seguem um índice, e o teto de gastos segue outro índice. Estávamos estudando se faríamos uma sincronização dessas despesas – isso seria uma antecipação da revisão do teto de gastos, que está para 2026. Ou se, ao contrário, mantém [o teto], mas por outro lado pede um ‘waiver’, uma licença para gastar com essa camada temporária de proteção”, afirmou o ministro.

“Como queremos aumentar essa camada de proteção, pediríamos que isso viesse um pouco como ‘waiver’ para atenuar impacto socioeconômico da pandemia. Estamos ainda finalizando, vendo se conseguimos compatibilizar isso, mas o importante é que o déficit continua caindo”, afirmou.

Paulo Guedes disse que a decisão sobre como alterar o teto de gastos será política. “Qualquer que seja a solução, é uma solução política. Do ponto de vista técnico, nós oferecemos a nossa contribuição que é Precatórios mais IR, que é o bolsa de R$ 300, dentro do teto, dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal. Essa é a resposta técnica ao desafio, mas quem tem voto é a política. E não vai ser nem a primeira nem a última vez que a Economia é só um olhar técnico dentro de um cenário um pouco mais amplo”, contou Paulo Guedes.

Da redação do Acontece na Bahia