Novo presidente diz que para pagar o Auxílio Emergencial será necessário cortar gastos: “O congresso não deve ferir o teto”

Uma notícia tem preocupado a população nesta quarta-feira (24). Um pronunciamento do novo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), de que é preciso cortar gastos para poder pagar o novo auxílio emergencial. Em razão da pandemia, foi criado ano passado o auxílio emergencial, tendo como objetivo amenizar a crise econômica trazida pelo coronavírus e seus desdobramentos. As parcelas do benefício foram pagas até dezembro. 

“O Congresso não deve, no meu ponto de vista, fazer nada de querer tentar ferir o teto, por uma causa mais do que justificável como é o auxílio, sem dar nenhum corte de despesa”, afirmou em live promovida pelo Valor Econômico. Mas não é só isso.

O presidente Bolsonaro afirmou no último dia (11/2) que o auxílio emergencial poderá durar até quatro meses sem, contudo, ficar esclarecido o valor a ser pago no benefício. O presidente da Câmara dos Deputados que se mostrou favorável a quatro meses de auxílio emergencial, falou também da importância do benefício neste momento e destacou a inclusão social a ser proporcionada pelo seu retorno. Falou também que com o fim do auxílio emergencial em dezembro passado, a discussão sobre o bolsa família e sua ampliação tem prosperado. 

Recentemente governo e parlamentares estudaram um substituto para o Bolsa Família: cogitaram o “Renda Brasil” e depois o “Renda Cidadã”. Arthur Lira afirmou que o sistema do Bolsa Família “aprisiona”’ os beneficiários. 

“Desde o ano passado que a gente defende um sistema inclusivo e permanente, em substituição ou em aprimoramento ao Bolsa Família. Em muitas situações no Brasil, o dinheiro é colocado e fica represado sem cumprir nenhuma função social”, comentou. 

“Então, um auxílio ou um programa inclusivo, onde a pessoa tem a oportunidade de sair dele, tentar arranjar um emprego formal, e voltar para ele se por acaso for demitido, é o modelo ideal”. “O sistema, hoje, de transferências de renda é um sistema que aprisiona o cidadão que recebe, porque ele não pode se aventurar a ter um emprego formal, senão não volta para o programa. E o cara não vai, ele não arrisca ganhar um salário mínimo para perder R$ 190 que pode ser a subsistência de alimento para a sua família”, afirmou. 

Da redação do Acontece na Bahia