Um policial foi flagrado pisando no pescoço de uma mulher negra de 51 anos, enquanto ela estava imobilizada no chão, em Parelheiros, no extremo sul de São Paulo, no dia 30 de maio. A mulher afirma que naquele momento achou que iria morrer sufocada como morreu Geogre Floyd em uma ação policial nos Estados Unidos.
“Achei que iria ser morto como ele [George Floyd]. Eu estava no chão e lembrava daquela cena dele. Achei que iria morrer ali”, diz a mulher, em entrevista ao programa “Encontro”, nesta terça-feira (14). “Ainda não consigo dormir, acordo de noite várias vezes”, desabafa.
Viúva, com cinco filhos e dois netos, a mulher conta que ainda não voltou ao bar, local onde ocorreu a violência policial, uma vez que teve sua perna quebrada.
De acordo com o capitão Osmário Ferreira, porta-voz da PM de São Paulo, o ato do policial foi errado e não faz parte do procedimento operacional da corporação. Ainda conforme ele, um inquérito militar foi instaurado assim que o vídeo foi descoberto para apurar o caso. Os dois PMs foram afastados do serviço ativo da corporação.
“Havendo oposição da força, cabe ao PM agir conforme o procedimento operacional padrão. Caso haja erro procedimental, o PM é submetido a um estudo de caso e análise pormenorizada da conduta”, afirma o porta-voz.
