O médico obstetra Luís Leite, investigado por suspeita de injúria racial contra uma auditora que prestava serviço para a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), foi encontrado morto dentro da casa onde morava, nesta quinta-feira (21), em Itabuna, no sul do estado.
A causa da morte foi insuficiência respiratória, congestão e tromboembolismo pulmonar, segundo informações apuradas pela TV Santa Cruz, afiliada da Rede Bahia na região.
Familiares acionaram equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que constataram o óbito no imóvel. Após necropsia feita pelo Instituto Médico Legal, o corpo de Luís Leite foi liberado e deve ser sepultado em Salvador. O horário e o local não foram divulgados.
Luís Leite era investigado por injúria racial e chegou a ficar preso no Conjunto Penal de Itabuna. Ele foi solto no dia 6 de novembro, quando recebeu um habeas corpus. A mesma decisão que deu liberdade a Luís Leite também definiu mais tempo para que o suspeito recorresse em liberdade.
O caso aconteceu no dia 21 de fevereiro deste ano. Na denúncia, a auditora, que é uma mulher negra, disse que o obstetra falou que ela era bonita por ter “sangue branco”. O caso aconteceu durante uma auditoria na Maternidade Otaciana Pinto, onde o médico estava de plantão.
“A vítima diz que trata-se de uma frase racista
Ainda segundo a delegada, a auditora citou na denúncia outra frase que o obstetra teria dito na mesma situação. “Você já viu alguém com pele preta ser bonita assim? Então, afirmo que se você é bonita é porque você tem sangue branco”, detalhou.
No dia 23 do mesmo mês, o suspeito foi solto pela primeira vez, após passar por audiência de custódia e pagar fiança de R$ 14.120. Em outubro, ele foi preso novamente, mas recebeu habeas corpus e foi solto.
Desde o princípio, a defesa do médico nega o crime. De acordo com a advogada de defesa dele, Luís Leite “apenas avistou a moça” e “fez um elogio para o colega de trabalho dele”.
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G1