Mãos sagradas! Parteiras, Anjos de Luz do Nordeste

Nas emergências da noite do sertão nordestino, pouco se tinha a quem recorrer. A maioria dos municípios não tinha hospitais, e muitas vezes as famílias mais carentes não tinhas condições de custear a ida a centros regionais maiores, ou até mesmo a ida de um médico no meio rural. A ação é das mais valorizadas, é vida que serve para trazer outra vida. Parteiras e parteiros do Nordeste trazem esse conhecimento ancestral pela conhecimento que atravessa as gerações.

Mergulhando na busca de mais informações sobre as parteiras encontramos techo de reportagem do Jornal “A Tarde”: “Em comum entre essas profissionais está o fato de acreditarem que o parto é um evento fisiológico, que deve ocorrer de forma natural e, sempre que possível, sem intervenções. “Cada profissional tem a sua função e importância. O que nos une é a ideia de que a humanização está no respeito à vontade e à fisiologia do corpo da mulher. Ela deve ter autonomia e escolher onde e de que forma deseja que ocorra o seu parto”, diz a obstetra Marilena Pereira, considerada uma das maiores referências no assunto.

Talvez isso explique a razão de as parteiras contemporâneas fazerem questão de corrigir cada vez que alguém ousa dizer que elas ‘fizeram um parto’. “Parteiras não fazem parto, assistem”. A frase dita em uníssono é repetida quase como um mantra. “Não nos cabe fazer o parto. Nós auxiliamos, orientamos, mas o parto é feito pela mulher. É ela a protagonista”, afirma Siomara Cerqueira, enfermeira obstétrica há 14 anos.”

O próprio Luiz Gonzaga homenageou as parteiras com uma música em que relata a ida, quando moço a casa de uma parteira no alto sertão de Pernambuco.

Mas com o aumento da oferta de hospitais e médicos no interior do Nordeste o oficio veio diminuindo, porém alguns rincões ainda preservam esta belíssima arte.

Por isso queremos saber, para aprofundamos uma reportagem, no seu município ainda tem parteiras?

Foto: Divulgação.

Da Redação.