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Líder indígena Sônia Guajajara é intimada pela PF e acusada de “difamar” o governo Bolsonaro

Nesta sexta-feira (30), a líder indígena Sonia Guajajara, compartilhou em suas redes sociais que havia sido intimada pela Polícia Federal a prestar depoimento, como representante da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), em inquérito provocado pela Fundação nacional do Índio (FUNAI), em razão da websérie Maracá.

“O órgão cuja missão institucional é proteger e promover os direitos dos povos do Brasil acusa a Apib de difamar o governo federal com a websérie Maracá”, afirma a entidade, em nota.

A websérie, que foi lançada em 2020, denunciou violações cometidas contra os direitos dos povos indígenas, durante a pandemia da covid-19. Essas denúncias foram também encaminhadas ao Supremo Tribunal Federal (STF).

“Os discursos carregados de racismo e ódio do governo federal estimulam violações contra nossas comunidades e paralisam as ações do Estado, que deveria promover assistência, proteção e garantias de direitos”, destaca a nota.

“E agora, o governo busca intimidar os povos indígenas em uma nítida tentativa de cercear nossa liberdade de expressão, que é a ferramenta mais importante para denunciar as violações de direitos humanos. Atualmente, mais da metade dos povos indígenas foi diretamente atingida pela Covid-19, com mais de 53 mil casos confirmados e 1.059 mortos”, acrescenta o documento.

“A perseguição desse governo é inaceitável e absurda! Eles não nos calarão!”, escreveu a líder indígena.

Da de redação do Acontece na Bahia