A história de Jewel Shuping, de 21 anos, chama atenção pela forma extrema com que decidiu transformar a própria vida. Nascida sem nenhuma deficiência, ela sempre conviveu com a sensação de que não deveria enxergar. Esse sentimento, associado a um distúrbio conhecido como transtorno de identidade de integridade corporal, levou a americana a tomar uma decisão radical.
Seguindo a orientação de um psicólogo, Shuping aplicou líquido desentupidor de pia nos olhos. Minutos depois, buscou ajuda médica, mas já era tarde. Em pouco tempo, perdeu a visão quase por completo. Para ela, esse era o caminho para finalmente se sentir confortável em sua própria pele.
Segundo relatos, a vontade de viver sem enxergar surgiu ainda na infância. Aos três anos, já imitava pessoas cegas. Aos seis, acreditava que perder a visão a deixaria mais tranquila. Antes mesmo de se submeter ao ato extremo, aprendeu Braille, treinou o uso da bengala branca e incorporou hábitos da vida de quem vive sem enxergar.
A revelação do que havia feito abalou a família. Inicialmente, Shuping contou que tinha sofrido um acidente, mas ao descobrirem a verdade, sua mãe e irmã decidiram cortar relações. Mesmo assim, ela insiste em afirmar que não se arrepende. Hoje, busca conscientizar sobre os riscos do transtorno, lembrando que outros chegam a se mutilar de formas ainda mais perigosas.
Apesar da polêmica, Shuping se tornou uma voz ativa na comunidade de pessoas com deficiência visual, incentivando a independência e o acolhimento. Para ela, a forma como perdeu a visão não deve apagar a necessidade de cuidado, respeito e compreensão.
Da Redação com informações Correio 24 horas
Foto: Reprodução Redes Sociais
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