O caso controverso que envolve a família Costa volta às manchetes nesta sexta-feira (15), com Gabriel Costa, filho da cantora Gal Costa, apresentando um pedido à Justiça de São Paulo para que seja autorizada a exumação e necropsia do corpo de sua mãe. Além disso, em uma solicitação formalizada ontem, o único herdeiro requereu o traslado dos restos mortais da cantora para um cemitério no Rio de Janeiro, contradizendo o local atual de sepultamento na capital paulista.
Conforme registrado na certidão de óbito, Gal faleceu aos 77 anos, em novembro de 2022, devido a um infarto agudo do miocárdio, com uma neoplasia maligna de cabeça e pescoço também mencionada como fator contribuinte. No entanto, Gabriel contesta esta versão, alegando que sua mãe estava aparentemente saudável um dia antes de sua morte, tornando a situação inexplicável. Sua defesa aponta: ‘A situação se faz de tal modo misteriosa que o requerente, filho único e herdeiro [de Gal], se pergunta como veio a falecer sua mãe, que parecia estar bem, vivenciando o dia a dia em sua residência e, de repente, foi acometida, subitamente, com a morte, sem testemunhas que descrevessem como e por que se deu a passagem. Sem explicações’.
O advogado de Gabriel contesta a causa oficial da morte, argumentando que Gal faleceu de uma ‘morte natural por causa desconhecida’, e alega que nenhum médico estava presente para confirmar o motivo exato do falecimento.
Além disso, o documento apresentado também menciona a intervenção de Wilma Petrillo, viúva de Gal, no momento da morte, supostamente proibindo qualquer investigação adicional e determinando o sepultamento imediato em um local de sua escolha.
A incerteza em torno das circunstâncias da morte de Gal tem preocupado não só seu filho Gabriel, mas também amigos próximos da cantora, que buscam esclarecimentos desde o trágico evento.
O G1 tentou contatar a defesa de Wilma Petrillo para comentar sobre o assunto, mas não obteve resposta até o fechamento desta reportagem.
Além do pedido de investigação da causa da morte, Gabriel solicita a transferência do corpo de sua mãe para o Rio de Janeiro, onde Gal expressou o desejo de ser sepultada, contrariando a decisão de Wilma Petrillo em relação ao local de sepultamento em São Paulo.
O documento argumenta que Gal deixou claro seu desejo de ser sepultada na capital fluminense, onde repousam outros ícones da música brasileira. Gabriel afirma que não é justo nem legal que sua mãe seja enterrada entre estranhos, enquanto ele espera ser enterrado junto dela e de sua avó materna no Rio de Janeiro.
Além disso, Gabriel contesta um documento anterior assinado por ele mesmo, no qual reconhecia a união estável entre Wilma e Gal. Ele afirma ter sido coagido por Wilma a assinar o documento e menciona ameaças feitas pela viúva para persuadi-lo.
Apesar de considerar Wilma sua madrinha e demonstrar apreço por ela, Gabriel ressalta que sua intenção é esclarecer os eventos ocorridos após a morte de Gal e assegurar seus direitos como herdeiro legítimo.
O juiz responsável pelo caso aponta que Gabriel deve iniciar uma ação própria para contestar os fatos apresentados, não reconhecendo os pedidos dentro do contexto atual do inventário de Gal.
Wilma iniciou o processo de inventário e reconhecimento de união estável após a morte de Gal, alegando ter convivido com a cantora por cerca de 20 anos.
Da redação do Acontece na Bahia
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