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Filha de entregador que morreu no desabamento do Edifício Andréa ganha festa de aniversário

Unicórnios, balões rosas e arco-íris foram os temas escolhidos para enfeitar a festa da pequena Izadora, de 7 anos. Os elementos do universo infantil, a felicidade e a celebração do aniversário, realizado nesta segunda-feira, 25, foram fruto da união de grupos de voluntários para concretizar o sonho de Frederick Santana dos Santos, de 30 anos, uma das vítimas do desabamento do Edifício Andréa, em setembro.

No dia da tragédia, ele estava trabalhando no mercadinho ao lado quando o prédio colapsou, na manhã de uma terça-feira, 15. Descrito pelos amigos como um homem bom e respeitador, Frederick trabalhava para realizar um sonho: o aniversário de sete anos da filha.

O cerimonialista Euclides Neto, 28 anos, foi um dos voluntários que organizou a festa e tornou o sonho uma realidade. “As pessoas pegaram a ideia e isso foi tomando uma proporção muito grande, que chegou ao que está acontecendo hoje. Vieram pessoas de todos os segmentos de eventos, tudo que envolve uma festa de grande porte, em prol da Izadora e do pai dela que sonhava tanto com isso”, conta.

A empatia e a solidariedade foram o marco da união entre os voluntários, conta Eunice Gomes, de 47 anos. “Eu sou síndica e quando houve o desabamento, nós nos mobilizamos para ajudar os moradores do Andréa. Ficamos sabendo da história do Frederick querer juntar dinheiro para o aniversário de sete anos da Izadora e, então, resolvemos nos dar as mãos para que o sonho dele fosse concretizado através de corações solidários.”, afirma.

Nívia Maria, de 28, mãe e viúva, ficou abalada e em dúvida se deveria ou não realizar a festa. Mas o amor de Fred pela filha prevaleceu. “Nós ficamos mexidos pelo acontecido, mas depois decidimos fazer, porque era um desejo dele. Decidimos fazer essa vontade dele, porque onde ele estiver deve estar muito feliz por estamos realizado seu sonho”, reflete.

Do sonho à realidade, Izadora aproveitou, feliz, a festa com amigos e familiares, cercada de amor e união.

(Fonte: O Povo)