Em delação premiada, ex-governador do Rio de Janeiro acusa ministro do STF de ter recebido R$ 3 milhões para mudar voto

Uma notícia tem sido destaque nesta quinta-feira (13). Isso, porque de acordo com a delação do ex-governador do Rio de Janeiro, o ministro do supremo, Dias Toffoli, teria recebido dinheiro para alterar seu voto no STF.

Segundo o Ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, relatou em sua delação premiada que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, teria recebido R$ 3 milhões para alterar voto e R$ 1 milhão para conceder liminar a dois prefeitos fluminenses que apresentaram recursos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra cassação dos seus mandatos.

Segundo a revista “Crusoé”, que teve acesso a delação de Cabral, o ex-governador acusa Toffoli de “venda de decisões judiciais”. Foi com base na denuncia de Cabral que o delegado Bernardo Guidali, da Policia Federal (PF), pediu instauração de inquérito para investigar o ministro do STF.

Em 2015, o TSE rejeitou, por 4 a 3, o recurso do prefeito de Volta Redonda, Antônio Francisco Neto (DEM), contra a cassação do mandato por propaganda irregular em 2012. De acordo com Cabral, Toffoli teria recebido os R$ 3 milhões para reverter a cassação, mudando o voto no julgamento de embargos de declaração que a defesa do democrata ajuizou na Corte como último recurso. O novo julgamento ocorreu dois meses depois, e o placar foi revertido a favor do prefeito de Volta Redonda, por 4 a 3.

Cabral afirmou que o pagamento foi operacionalizado pela estrutura de recursos ilícitos do então governador Luiz Fernando Pezão, que era coordenada pelo secretário de Obras Hudson Braga.

Em outro caso, o ex-governador disse que a mesma estrutura foi utilizada para pagar R$ 1 milhão ao ministro para concessão de uma liminar para a ex-prefeita de Bom Jesus de Itabapoana Branca Motta, em 2014. O pagamento teria sido feito por meio de uma advogada sócia do escritório de advocacia da esposa de Toffoli, Roberta Rangel.

O ministro do STF nega ter recebido qualquer recurso ilícito.

Leia também o portal do nosso editor www.romulofontoura.com.br

Da redação do Acontece na Bahia