Doria a Eduardo Bolsonaro: ‘Bananinha, estou fazendo o que papai não fez’

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), usou as redes sociais para provocar o filho ‘03’ do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e deputado federal, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Doria disse que se caso for até a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID, no Senado, vai depor com a ”verdade” e ”piorar a situação” dos bolsonaristas.

No post, Doria chama Eduardo de “bananinha” e diz que não vai fugir da CPI.

O governador cita um post do deputado em que ele questiona o tucano se ele iria até a CPI e responderia sobre a demora na compra de medicamentos para o kit intubação.

“Bananinha, enquanto você produz fakenews e cloroquina, com esse ovo vamos produzir 2 doses da Butanvac”, escreve o governador. “Estou fazendo o trabalho que o papai não fez”, explica.

O governador também mandou “abraços” ao deputado ao lado de um emoji de uma “calça apertada”, apelido dado a ele por bolsonaristas e governistas.

Mais cedo, o governador garantiu que vai até a CPI, caso seja convocado. Segundo ele, seu depoimento será baseado “na verdade” e que isso pode “piorar muito a situação” dos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Na manhã desta quarta-feira (26/5), governadores de 10 estados foram convocados para depor na CPI da COVID. Os senadores aprovaram os requerimentos que exigem a presença dos chefes dos executivos estaduais que foram alvos de operações da Polícia Federal durante a pandemia do coronavírus. Ainda não há data para os depoimentos.

Com isso, Wilson Lima (PSC-AM), Helder Barbalho (MDB-PA), Ibaneis Rocha (MDB-DF), Wilson Witzel (PSC-RJ), Mauro Carlesse (PSL-TO), Carlos Moisés (PSL-SC), Antonio Denarium (PSL-RR), Waldez Góes (PDT-AP), Marcos Rocha (PSL-RO) e Wellington Dias (PT-PI) irão depor na CPI da pandemia.

Entre esses governadores, somente Witzel não está mais no cargo por conta da acusação de crime de responsabilidade na gestão de contratos na área da Saúde.

O que é uma CPI?

As comissões parlamentares de inquérito (CPIs) são instrumentos usados por integrantes do Poder Legislativo (vereadores, deputados estaduais, deputados federais e senadores) para investigar fato determinado de grande relevância ligado à vida econômica, social ou legal do país, de um estado ou de um município. Embora tenham poderes de Justiça e uma série de prerrogativas, comitês do tipo não podem estabelecer condenações a pessoas.

Para ser instalado no Senado Federal, uma CPI precisa do aval de, ao menos, 27 senadores; um terço dos 81 parlamentares. Na Câmara dos Deputados, também é preciso aval de ao menos uma terceira parte dos componentes (171 deputados).

Há a possibilidade de criar comissões parlamentares mistas de inquérito (CPMIs), compostas por senadores e deputados. Nesses casos, é preciso obter assinaturas de um terço dos integrantes das duas casas legislativas que compõem o Congresso Nacional.

O que a CPI da COVID investiga?

Instalada pelo Senado Federal em 27 de abril de 2021, após determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), a CPI da COVID trabalha para apurar possíveis falhas e omissões na atuação do governo federal no combate à pandemia do novo coronavírus. O repasse de recursos a estados e municípios também foi incluído na CPI e está na mira dos parlamentares.

O presidente do colegiado é Omar Aziz (PSD-AM). O alagoano Renan Calheiros (MDB) é o relator. O prazo inicial de trabalho são 90 dias, podendo esse período ser prorrogado por mais 90 dias.

Com informações do Portal Estado de Minas