Continuam as buscas pelo menino que foi medicado pela mãe e teria o corpo jogado em rio no RS

Uma notícia tem sido destaque nas redes sociais nesta terça-feira (3). A morte do menino Miguel dos Santos Rodrigues, de 7 anos, está sendo investigada pela Polícia Civil.

Informações iniciais apontam que o menino foi medicado pela mãe e teve o corpo jogado no Rio Tramandaí, em Imbé, Litoral Norte do Rio Grande do Sul. De acordo com a polícia, Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues, mãe de Miguel, confessou este crime bárbaro que aconteceu na última quinta-feira (29). Yasmin e a companheira, Bruna Nathieli Porto da Rosa, foram presas pela polícia.

As investigações preliminares apontam que a criança era vítima de tortura física e psicológica, além de ficar amarrado dentro de um guarda-roupa. Segundo a polícia, vídeos e prints de conversas, as quais teve acesso, mostram a mãe de Miguel e a companheira e com a própria irmã discutindo sobre a compra de uma corrente que seria usada para amarrar Miguel.

Os Bombeiros ainda seguem com as buscas no mar a procura do corpo de Miguel.

Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues, 26 anos, deu remédios para Miguel e o colocou dentro de uma mala. À polícia, a mulher disse não ter certeza se o filho estava vivo ou morto.”Para fugir, com medo da polícia, saiu de casa, pegando ruas de dentro, não as avenidas principais, levou a criança dentro de uma mala na beira do rio, e jogou o corpo. Repito, ela não tem convicção de que o filho estava morto”, disse o delegado do caso, Antonio Carlos Ractz Júnior.

Na quinta-feira (29), Yasmin foi até a delegacia registrar o desaparecimento de Miguel.”Ao anoitecer de ontem [quinta], a mãe dessa criança, com a sua companheira, procurou a DPPA de Tramandaí, a fim de registrar uma ocorrência policial de desaparecimento de seu filho. Alegou que o filho havia desaparecido há dois dias e que ainda não havia procurado a polícia porque pesquisou no Google e viu que teria que aguardar 48h. E começou a apresentar uma série de contradições, o que levou desconfiança da BM e PC”, contou o delegado.

Yasmin foi procurada pelo delegado e confessou o crime.”Ela tem um perfil de psicopata. Durante toda a minha carreira, eu não havia me deparado com alguém tão frio”, disse Ractz.

A companheira de Yasmin, Bruna Nathieli foi presa temporariamente e é investigada por envolvimento no caso. Troca de mensagens entre Yasmin e Bruna estão sendo analisadas pela polícia e mostram vídeos e mensagens nas quais ela ameaça Miguel. Exame psiquiátrico feito revelou que Bruna tem autismo leve, mas segundo o delegado responsável não seria suficiente para impedir sua responsabilização. “Ela será avaliada por peritos que concluirão se ela é imputável, semi-imputável ou inimputável. De qualquer forma, ela permanecerá presa enquanto não sair o resultado dessa perícia”, contou o delegado.

Da redação do Acontece na Bahia