Uma notícia está sendo destaque nesta segunda-feira (05). O Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) entrou com uma representação no Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) contra o vereador e youtuber Gabriel Monteiro (PSD-RJ) com a alegação de abuso de autoridade após o vereador publicar um vídeo em seu canal dando voz de prisão para uma médica na UPA da Zona Norte do Rio. A informação foi confirmada pelo próprio Cremerj.
Gabriel Monteiro alegou que a médica estava dormindo na unidade, em uma das salas, enquanto havia fila para atendimento. Com a voz de prisão, a médica foi levada à delegacia, onde foi registrada a ocorrência e liberada em seguida.
Segundo o conselho, em nota, qualquer pessoa pode fazer uma denuncia na entidade caso discorde da assistência recebida. “Em relação ao vereador, o Conselho esclarece que a atitude tomada se deve a abordagem inadequada do próprio, caracterizando abuso de autoridade. O Conselho repudia qualquer tipo de desvio de trabalho do médico, caso ocorra, e reitera que qualquer denúncia será apurada com zelo, seguindo os ritos necessários”, afirmou o conselho.
No Twitter, o vereador se defendeu das acusações.
“Eu super respeito quem não é adepto ao meu trabalho, minhas crenças, meus sonhos. Mas ser a favor da minha prisão por eu flagrar médicos cometendo crimes contra os mais pobres, não é certo! Enquanto eu tiver livre irei lutar contra a máfia da saúde, não sei até quando!”
Ele também comentou sobre o valor que terá de pagar caso perca a ação.
“Se condenado terei que pagar MEIO MILHÃO de reais por TRABALHAR no feriadão. Sinceramente, sei nem o que falar. Perder todos os bens por lutar pelo mais pobre. Podem tirar tudo de mim, menos minha fé e vontade de ajudar minha população”
Sobre esse valor, o Conselho afirmou que se refere a uma indenização por danos morais coletivos à categoria e caso vença a ação, a quantia será destinada a instituições de caridade.
O portal do G1 entrou em contato com o vereador, o MP-RJ, o TJ-RJ e com a Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, mas não obteve respostas.
Da Redação do Acontece na Bahia