“Condenem esses monstros”, desabafa pai de motorista de aplicativo assassinado

Neste sábado (24), foi realizado o velório do motorista de aplicativo Maurício Cuquejo, de 29 anos, em Brasília. Parentes e amigos se reuniram no Cemitério Campo da Esperança no Gama para se despedir e se expressar contra a violência na capital.

“Peço aos bandidos que, se forem roubar, deixem a pessoa viva para ir para casa. Eles destroem a família da vítima e a deles mesmos. Não tem necessidade de matar”, desabafa a mãe do jovem, Maria do Socorro Sodré, de 56 anos.

O pai do motorista, Maurício Cuquejo Martins, ao chegar em Brasília, se deparou com o carro do filho com marcas de sangue por todo lado. “Ele foi muito espancado, estava praticamente degolado. Um pedaço da faca quebrou no rosto dele, furaram até o braço”, disse.

“Achei que ele seria enterrado de caixão fechado. Esses monstros precisam ser condenados com a maior pena prevista para latrocínio”, desabafou o pai.

De acordo com os familiares, Maurício iria deixar de ser motorista de aplicativo quando fosse promovido pelo tio na área da informática. “Ele tinha medo de trabalhar na rua por conta das situações perigosas vividas pelos colegas de profissão”, disse a mãe.

O motorista tinha alugado recentemente um apartamento em Santa Maria. “Meu filho estava aplicando dinheiro no tesouro direto. A vida dele estava indo de vento em popa, estava cheio de planos”, relatou o pai.

Maurício Cuquejo Sodré foi vítima de latrocínio na madrugada de quinta-feira (23). O corpo dele foi encontrado em uma poça de água em uma área rural da Granja do Torto. A Polícia civil prendeu, no mesmo dia, três adultos e um adolescente suspeitos de envolvimento no crime.

O jovem era hemofílico e a família acredita que ele tenha falecido devido ao sangramento excessivo por conta da doença. A vítima levou vários golpes. O corpo de Maurício apresentava ferimentos na cabeça, no pescoço e nas costas. O carro dele foi achado em uma vala.

Da Redação.