Com “Doença da Urina Preta” duas irmãs são internadas depois de comerem almoço de peixe

Uma notícia preocupante tem chamado a atenção nesta quarta-feira (24/2). Isto porque duas irmãs, Flávia e Pryscila Andrade, moradoras de Recife em Pernambuco, precisaram ser internadas depois de apresentar sintomas da Síndrome de Haff após o almoço. Entenda:  

Segundo informações, as duas mulheres passaram mal cerca de quatro horas após o almoço de um tipo de peixe da espécie arabiana . Flávia Andrade de 36 anos, empresária, e Pryscila Andrade de 31 anos, médica veterinária, foram internadas no Hospital Português, bairro do Paissandu. Mas não termina aí.

Segundo informações divulgadas pela mãe das vítimas, Betânia Andrade, ao todo cinco pessoas teriam comido o peixe. 

“Flávia fez um almoço na última quinta-feira e convidou eu e Pryscila. Além de nós, tinha o filho de Flávia, de 4 anos, e duas secretárias. Os cinco comeram o peixe, menos eu. Quatro horas depois, Pryscila enrijeceu toda, teve cãibra dos pés até a cabeça e não conseguia andar. Meu neto, de madrugada, teve dores abdominais e diarreia, e as duas secretárias sentiram dores nas costas”, comentou. 

O diagnóstico só veio no sábado (20/2), segundo Betânia. O estado médico da Flávia se mostrou estável e foi encaminhada a leito comum, em contrapartida ao estado de Pryscila que continua na UTI. De acordo com Betânia, Pryscila tem água no pulmão, os rins paralisados e o fígado comprometido. Um apelo foi feito para à Vigilância Sanitária por intermédio da mãe e irmã das vítimas com o intuito de alertar à população e trazer informações acerca da letalidade do alimento.Mas não é só isso. 

“Essa é uma síndrome pouco conhecida, inclusive nos hospitais, é uma raridade. A fiscalização tem que bater em cima, pois estamos na Quaresma, quando se come muitos peixes e crustáceos. A população precisa fica ciente que pode haver uma infecção”, desabafou Betânia. 

“A SES, Secretaria Estadual de Saúde, orientou sobre a investigação epidemiológica de todos aqueles que consumiram o alimento, assim como a coleta do referido insumo para encaminhamento ao Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco (Lacen-PE) para que sejam providenciadas as análises laboratoriais. A doença de Haff é caracterizada pela presença de toxina biológica presente em pescados”, conclui a nota da Secretaria de Saúde do Recife.  

Da redação do Acontece na Bahia