Search
Close this search box.

Com as recentes chuvas, safra de Umbu chega mais cedo e surpreende com sua fartura

Os sertanejos têm comemorado as chuvas das últimas semanas. Já havia um tempo que o  não chovia tanto e  de maneira tão regular no sertão. E é claro que com a chuva vem a vida! Os campos ficam verdes, as estradas da zona rural ganham outro ar. Além disso, os umbuzeiros transbordam todo o seu esplendor na forma de fruta. Contudo, mesmo com tanta chuva, não esperava-se que frutas tão grandes aparecessem.

A nossa redação recebeu relatos de umbus com 5 ou 6 vezes o tamanho de um umbu comum e pesando mais de 100 gramas cada! Mas não é só isso. O período de fartas chuvas antecipou a colheita em diversas regiões. De Brumado e Vitória da Conquista, no sudoeste do estado, até mesmo a Canudos e Juazeiro, no norte, o umbu apareceu mais cedo, mais doce e maior. Com tudo verdinho, o homem do campo aproveita a fruta sem desperdiçar nada. Consumido cru, cozido, na forma poupas, doces e sucos, o umbu alimentou gerações de famílias e também sustentou criações durante as secas. Isso porque, tudo que não é usado para consumo humano é destinado à alimentação animal, que se torna rica com os micronutrientes e fibras da fruta. Todavia, hoje o umbu está muito além disso.

O umbu saiu das áridas paisagens nordestinas e chegou até a mais alta gastronomia. Agora, além dos tradicionais doces, a fruta ganha prestígio e é harmonizada ao lado de carnes e pratos quentes, destacando seu sabor singular e característico em restaurantes mundo afora. Então, diante de tudo isso, nota-se que a resistência do umbuzeiro, assim como seu potencial frutífero, se confunde com a própria resiliência nativa do povo do sertão e com a sua capacidade de desbravar o mundo e mostrar o seu valor.

Da Redação do Acontece na Bahia.