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Delegado traz novos detalhes sobre mortes de mulheres em praia de Ilhéus; protestos pedem justiça pelas vítimas

Delegado traz novos detalhes sobre mortes de mulheres em praia de Ilhéus; protestos pedem justiça pelas vítimas

Nesta última quarta-feira (20), a Polícia Civil da Bahia informou que os corpos das três mulheres encontradas mortas em Ilhéus, no sul do estado, não apresentavam sinais de violência sexual.

A informação foi confirmada pelo delegado Helder Carvalhal, responsável pelas investigações. Ele destacou que ainda aguarda a conclusão dos laudos periciais, mas que tanto a perita criminal de local quanto o médico legista já apontaram esse detalhe como um elemento importante para esclarecer o caso.

Segundo o delegado, novas diligências foram realizadas e materiais recolhidos no local do crime poderão ser submetidos a exames de DNA para eventual confronto com suspeitos. O objetivo é ampliar o conjunto de provas e chegar aos autores do triplo homicídio que comoveu a população.

Desaparecimento e encontro dos corpos

As vítimas foram identificadas como Alexsandra Oliveira Suzart, de 45 anos, Maria Helena do Nascimento Bastos, de 41, e a jovem Mariana Bastos da Silva, de 20. Elas estavam desaparecidas desde a sexta-feira (15), quando saíram para passear com um cachorro na Praia dos Milionários, um dos pontos turísticos mais conhecidos de Ilhéus. Os corpos foram localizados no dia seguinte, em uma área de vegetação próxima à orla, a cerca de 3 km do local onde foram vistas pela última vez.

De acordo com a investigação, o cão de uma das vítimas foi encontrado vivo, amarrado em uma árvore ao lado dos corpos. A descoberta chocou ainda mais familiares e moradores da região. As vítimas apresentavam perfurações de arma branca, e os peritos trabalham para localizar o objeto utilizado no crime.

Mobilização e protestos na cidade

A tragédia provocou forte comoção popular. Desde o domingo (17), manifestações tomaram as ruas de Ilhéus. Dezenas de mulheres vestidas de branco caminharam pela BA-001, próximo à praia onde as vítimas foram encontradas, exigindo respostas e mais segurança.

No dia seguinte, outro ato foi realizado nas imediações do Aeroporto Jorge Amado, com orações, cantos religiosos e pedidos por justiça. Já na quarta-feira (20), centenas de pessoas voltaram a protestar no centro da cidade, reforçando a cobrança por celeridade na apuração do Caso mortes mulheres Ilhéus. Todos os atos ocorreram de forma pacífica, com acompanhamento da Polícia Militar.

Investigações em andamento

O delegado Helder Carvalhal informou que familiares e amigos das vítimas já foram ouvidos. Além disso, câmeras de segurança de ao menos 15 estabelecimentos foram coletadas. As imagens mostram parte da movimentação das mulheres antes de desaparecerem, mas o local exato onde os assassinatos ocorreram ainda é considerado um “ponto cego” para os investigadores.

“Conseguimos identificar pessoas que aparecem nas imagens caminhando próximas às vítimas pouco antes do crime. Essas informações podem ser decisivas para o caso”, afirmou Carvalhal.

As autoridades ainda não confirmaram a motivação nem a autoria do crime. Quem tiver informações pode repassá-las ao Disque Denúncia da Secretaria de Segurança Pública da Bahia, pelo telefone 181. O sigilo é garantido.

As vítimas e o luto coletivo

Alexsandra e Maria Helena eram vizinhas, amigas e colegas de trabalho no Centro de Referência à Inclusão, ligado à rede municipal de ensino. Colegas relatam que eram profissionais muito dedicadas e queridas pelos pais de alunos. A filha de Maria Helena, Mariana, cursava faculdade e participava de atividades da igreja.

Segundo conhecidos, as três frequentavam igrejas batistas em Ilhéus e tinham uma relação próxima de amizade. O velório de Maria Helena e Mariana ocorreu em Aurelino Leal, onde foram sepultadas no domingo. Já Alexsandra foi velada em Ilhéus e enterrada em Vitória da Conquista.

O clima de comoção se espalhou por toda a região. Amigos, familiares e colegas lembraram as mulheres como dedicadas, religiosas e sempre dispostas a ajudar a comunidade. As cerimônias reuniram multidões, reforçando a indignação popular com a brutalidade do Caso mortes mulheres Ilhéus.

Em busca de respostas

Equipes do Departamento de Polícia Técnica e da Polícia Militar continuam realizando buscas em áreas de mata próximas ao local onde os corpos foram encontrados. O objetivo é localizar a arma do crime e outros elementos que possam esclarecer os homicídios.

O caso permanece sem conclusão, mas a polícia afirma que todos os esforços estão voltados para identificar e prender os responsáveis. Enquanto isso, a população segue mobilizada, transformando a dor em manifestações de solidariedade às famílias e de pressão por justiça.

Para a cidade de Ilhéus, um dos principais destinos turísticos da Bahia e imortalizada nas obras de Jorge Amado, a tragédia deixou uma marca dolorosa. Agora, a busca por respostas e a esperança de punição aos culpados são os principais motores da comunidade diante do crime que parou a região.

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