Caso Miguel: Após mais de 8 horas de depoimento, Sarí deixa delegacia escoltada pela polícia

Nesta segunda-feira (29), Sarí Côrte Real prestou depoimento na Delegacia Seccional de Santo Amaro sobre a morte do menino Miguel Otávio. Foram mais de oito horas entre a sua chegada e saída.

A primeira-dama de Tamandaré precisou sair sob escolta da Polícia Civil, devido aos protestos populares no lado de fora da delegacia. O carro particular foi atingido por objetos e socos dos manifestantes, que também entoaram xingamentos contra a primeira-dama.

O Delegado Ramon Teixeira abriu a delegacia 5:50 da manhã, duas horas antes do expediente comum, para recolher o depoimento da mulher.

“Eu só fiquei sabendo que ela estava aqui de manhã porque vi na TV, na imprensa. Acho isso um absurdo. Ela é uma pessoa qualquer, então deveria ter esperado a delegacia abrir em horário normal. Por que mais cedo? Por que esse privilégio? Ela não tem cargo político nem curso superior”, disse a mãe de Miguel, Mirtes, em frente a delegacia enquanto acontecia o depoimento.

A imprensa questionou Sarí, seu esposo, Sérgio, e seu advogado, Pedro. Entretanto, nenhum deles se manifestaram acerca da abertura mais cedo da delegacia. Com o depoimento da primeira-dama e com o laudo do Instituto de Criminalística (IC), entregue no domingo (28), o inquérito do caso deve ser encerrado antes do prazo final – 2 de julho.