Três anos atrás, em outubro, o Brasil assistiu a um dos mais horrorosos crimes já vistos: um perturbado vigilante da creche Gente Inocente, localizada em Janaúba, Minas Gerais, incendiou uma sala cheia de crianças e ateou fogo a si mesmo.
Damião Soares dos Santos estava afastado do trabalho na escola e com sérios problemas de saúde mental, mas entrou assim mesmo, invadiu uma sala de aula cheia de crianças, trancou a porta, jogou gasolina nas crianças, em si mesmo e ateou fogo.
Heley de Abreu Silva Batista: mulher, professora e heroína. É desta forma que Heley é lembrada por seus estudantes, familiares e brasileiros. Há três anos, ela foi responsável por proteger e salvar, ao menos, 25 crianças de uma tragédia que aconteceu em Janaúba, Minas Gerais.
Um ex-funcionário da creche Gente Inocente, com problemas psicológicos, entrou na escola, invadiu uma sala de aula, jogou gasolina nas crianças e em si mesmo e depois ateou fogo. Catorze pessoas morreram.
O número de vítimas só não foi maior porque a professora Heley se abraçou ao criminoso para proteger e retirar as crianças feridas.
Heley teve 90% do seu corpo queimado e morreu, assim como duas profissionais que estavam com ela. Uma tragédia e três heroínas inesquecíveis.
Por sua bravura, Heley recebeu o título, post mortem, a Ordem Nacional do Mérito.
Foi condecorada também com a Medalha da Inconfidência e virou nome de uma rodovia, a LMG-631, entre as cidades de São João da Ponte e Francisco Sá, em Minas Gerais, e do Centro Municipal de Educação Infantil (CEMEI), que foi construído no terreno da antiga creche.
Diante de uma história tão comovente e impactante e ao completar três anos da tragédia, a TV ESCOLA também resolveu prestar uma homenagem a professora.
Apresentado pelo ator Carlos Vereza e conduzido pelo jornalista Francisco Câmpera, diretor-geral da Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto (ACERP), o documentário reconstrói a vida da professora, ouvindo parentes, amigos e a comunidade escolar.