Bolsonaro muda o tom e pede união de todos pela preservação da vida e dos empregos

Em pronunciamento oficial, na noite desta terça-feira (31), o presidente Jair Bolsonaro mudou o tom que havia utilizado na última fala relacionada ao coronavírus no país e pediu a união de todos pela preservação da vida e dos empregos.

O chefe do Executivo disse também que a preocupação do governo “sempre foi salvar vidas, tanto as que perderemos pela pandemia quanto aquelas que serão atingidas pelo desemprego, violência e fome” e que o efeito colateral das medidas de combate ao problema “não pode ser pior do que a própria doença”. A fala foi transmitida em cadeia de rádio e televisão.

Bolsonaro afirmou que a pandemia é o “maior desafio da nossa geração”, e voltou a enfatizar a necessidade de se implementar medidas para a preservação de empregos.

— O efeito colateral das medidas de combate ao coronavírus não pode ser pior do que a própria doença. A minha obrigação como presidente vai para além dos próximos meses. Preparar o Brasil para a sua retomada, reorganizar nossa economia e mobilizar todos os nossos recursos e energia para tornar o Brasil ainda mais forte após a pandemia.

Bolsonaro destacou que determinou ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, “que não poupasse esforços, apoiando através do SUS todos os Estados do Brasil, aumentando a capacidade da rede de saúde e preparando-a para o combate à pandemia”.

Durante a fala do presidente, foram registrados panelaços em diversas regiões do país. Os protestos em janelas de apartamentos aconteceram em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Porto Alegre.