Boa parte da perda de renda foi compensada pelo Auxílio Emergencial, indica Ipea

Concedido pelo governo federal em decorrência da pandemia do novo coronavírus, o auxílio emergencial foi capaz de compensar boa parte da perda de potencial de renda das famílias brasileiras, aponta estudo conduzido pelo Ipea.

A pesquisa realizada teve com base os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Covid-19, do IBGE, e considerou quatro semanas do mês passado. “Levando-se em conta que as duas últimas categorias estariam entre as principais populações-alvo do programa, o valor fornecido revelou-se capaz de compensar grande parte da perda potencial de renda domiciliar causada pela pandemia da Covid-19”, ressaltou o Ipea.

O efeito mais significativo ocorreu na região Norte e Nordeste. “Na região Norte, o auxílio emergencial médio (R$ 936,16) foi 17% maior que a média recebida pelos trabalhadores por conta própria (R$ 801,46). Em relação ao trabalho doméstico (R$ 616,73), o auxílio foi 52% maior. No Nordeste, as comparações mostram que o auxílio médio recebido (R$ 907,37) foi 46% maior que os rendimentos dos trabalhadores por conta própria (R$ 616,60) e 87% maior que os rendimentos dos empregados domésticos (R$ 485,76)”, esclarece.

O auxílio emergencial é um benefício que prevê o repasse de R$ 600 mensais a trabalhadores informais e de baixa renda, microempreendedores individuais e também contribuintes individuais do Instituto Nacional do Seguro Social. 64,1 milhões de pessoas já foram beneficiadas, o que soma R$ 87,8 bilhões creditados pelo governo federal, segundo o Ministério da Cidadania.