Ao chegar na 65ª Feira do Livro de Porto Alegre, na Praça da Alfândega, o estivador aposentado e guardador de carros João Carlos dos Santos, 70 anos, leu o ‘Bem-Vindos!’ escrito na faixa de entrada e abriu um largo sorriso no rosto.
Seu João foi convidado pelo Programa de Alfabetização de Adultos do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) a participar. Sobre a ocasião, definiu que poder ‘passear’ pelo local era o seu ‘presente adiantado de Natal’.
Até meados do ano passado, o idoso era analfabeto e não sabia ler o próprio nome. Ele largou os estudos no 1º ano do Ensino Fundamental para ajudar a mãe recém viúva, Inês, no sustento da família.
Ao recordar a infância, Seu João rememora o trabalho na construção civil antes de completar 10 anos de idade. Por este motivo, o desejo de voltar aos bancos escolares foi ficando cada vez mais distante. “Sempre me incomodou o fato de eu não saber ler o nome da linha do ônibus que eu pegava para ir ao trabalho. Me sentia um cego”, confidenciou.
(Fonte: Razoesparaacreditar)