Após ter sido preso por suspeita de comprar bebê por R$ 4 mil, empresário nega acusação e desabafa: ‘Queremos nosso filho de volta’

Uma notícia chamou a atenção dos internautas nesta manhã de segunda-feira (19). Um caso que chocou o país continua a ter desdobramentos. O empresário de 33 anos que foi preso após ter sido acusado de comprar uma criança por R$ 4 mil, negou em entrevista a acusação e afirmou que teme não conseguir recuperar a criança.

De acordo com o empresário, ele sempre sonhou em ser pai. Nesse contexto, o Homem, que está em um relacionamento estável homoafetivo a quase 10 anos, afirmou que sentia que era o momento e buscou nas redes sociais formas de fazer a adoção. Assim, ele conheceu a mãe da criança, que afirmou ao casal que abandonaria o bebê no hospital. Porém, dias depois, ela mudou de ideia e afirmou que doaria o bebê ao casal.

De acordo com o empresário, eles ajudaram a mãe da criança com os custos da gestação e chegaram até a comprar o enxoval da criança. Porém, ele contou que em dado momento a mulher o ameaçou para fazer o registro direto do bebê, afirmando que abandoaria a criança em um abrigo caso não fizesse.

“Em momento algum imaginei que ir ao cartório registrar era ilegal. Eu agi com medo”, contou.

Porém, para surpresa do casal, dias depois a mulher abriu uma queixa afirmando que o marido teria batido nela e vendido a criança ao casal por R$ 4 mil. Dessa forma, pouco tempo depois o empresário foi preso.

“Fiquei seis dias na prisão. Foram os piores dias da milha vida, nunca imaginei. Sou totalmente correto. Fui jogado e menosprezado na cadeia. Sentia medo de apanhar, de ser abusado, agredido”, contou.

“A gente vai tentar recuperar, quereremos nosso filho de volta, pelos meios legais. O quarto dele continua aqui. Não sei se conseguiremos recuperar, tenho muito medo de negarem, por causa da repercussão. Por conta de mentiras, posso perdê-lo para sempre”, afirmou emocionado.

O advogado de defesa do empresário, Ulisses Ferreira, comentou sobre o caso ao G1.

“Entrei com pedido de revogação da prisão preventiva pedindo a liberdade provisória, e o juiz concedeu. Meu cliente está respondendo o processo em liberdade”, esclareceu.

“Em momento algum meu cliente ofereceu dinheiro ou quis comprar a criança, ele foi vítima de um golpe e foi extorquido. Ela o chantageou emocionalmente, agiu de má fé, induziu meu cliente ao erro, e usou a criança. Meu cliente foi vítima, não cometeu crime algum”, finalizou.

Da redação Acontece na Bahia.