Após cirurgias, gêmeas unidas pela cabeça são separadas

Uma equipe de cirurgiões especializados conseguiu separar gêmeas siamesas unidas pela cabeça. Foram realizadas três cirurgias de alto risco com sucesso. A informação foi divulgada na última terça-feira (7) pelo hospital pediátrico Bambino Gesú (Menino Jesus).

Nascidas na República Centro-africana, as gêmeas de 2 anos, Ervina e Prefina, compartilhavam a parte posterior do crânio bem como o sistema venoso, uma doença “rara e completa da fusão cranial e cerebral”, declarou a unidade hospitalar.

Apesar da boa saúde das meninas, exames realizados no hospital da Itália revelaram que o coração estava sendo exigido para manter o “equilíbrio fisiológico dos órgãos de ambas, principalmente o cérebro”.

As irmãs passaram por três cirurgias delicadas para “reconstruir progressivamente dois sistemas venosos independentes”. A cirurgia final, ocorrida no dia 5 de junho, durou mais de 15 horas e foi realizada por 30 médicos e enfermeiros. Nessa última, a equipe médica se empenhou para dividir ossos do crânio compartilhados. Em seguida, reconstruíram uma membrana que cobre os dois cérebros e recriaram o revestimento de pele sobre os novos crânios.

Os procedimentos cirúrgicos tiveram bom resultado. O hospital informou que as gêmeas siamesas, um mês após a separação final, estão bem e que poderão “levar uma vida normal, como todas as crianças de sua idade”.