Uma triste notícia tem repercutido nas redes sociais nesta terça-feira (19). Pessoas foram vistas na manhã desta terça-feira recolhendo restos de comida em uma caçamba onde são colocados alimentos descartados. O caso aconteceu próximo ao Mercado Municipal de São Paulo. Estes registros estão se tornando cada vez mais comuns em cidades brasileiras e uma parcela considerável da população está sendo afetada em razão da alta no preço de alimentos.
Os alimentos tiveram uma alta significativa nos últimos doze meses, sobretudo com variações superiores a 30% no preço do arroz e das carnes, segundo dados apontados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A inflação verificável acima do teto da meta estabelecida pelo governo federal teve o desempenho estendido pelo aumento de 39,7% no preço do arroz e de 34,3% no valor das carnes. Outro item importante na mesa do brasileiro, o óleo de soja, aumentou 84,3% no último ano.
Já nas carnes, as variações foram sentidas entre os preços do músculo (+43,4%), pá (+40,4%), patinho (+39%), lagarto (+37,7%), costela (+37,6%), cupim (+36,8%) e acém (+36,6%). Um substituto para as carnes, o frango ficou mais de 20% mais caro nos últimos 12 meses. As variações menos expressivas de, respectivamente, 11,2% e 3,6% em um ano, ficaram a cargo dos ovos de galinha e os pescados.
Outro item essencial na mesa do brasileiro, o feijão, apresentou variações em razão do tipo do grão. O feijão-fradinho saltou 42,4% nos últimos 12 meses, o feijão-preto acumula alta de 19,1% e o feijão-carioca ficou 3,3% mais em conta no mesmo período.
O presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto, analisou nesta semana que a inflação trouxe um cenário de incertezas ao povo brasileiro. O presidente Jair Bolsonaro reconheceu em sua última live semanal, que o IPCA acumulado dos últimos 12 meses é um “número grande”, admitiu.
Da redação do Acontece na Bahia
Foto: REPRODUÇÃO RECORD TV