Agnaldo Timóteo foi internado dois dias após tomar a 2ª dose da vacina; Especialista explica a importância dos cuidados mesmo depois de vacinados

Uma notícia está sendo destaque nesta segunda-feira (05). O sobrinho de Agnaldo Timóteo contou em entrevista ao Jornal Extra que o cantor havia tomado a segunda dose da vacina dois dias antes de ter sido internado para tratar a Covid-19. Por conta disso, muito se especulou sobre a eficácia da vacina. Assim, o Instituto Butantã e uma especialista explicaram como funciona a vacina. Segundo eles, mesmo tomando a segunda dose, a pessoa não está livre se contaminar pois são necessárias algumas semanas para atingir a imunidade. Dessa forma, é extremamente importante que os cuidados preventivos continuem sendo tomados mesmo depois de vacinados.

“Algumas pessoas podem ainda ter a doença ou a infecção mesmo tendo sido vacinadas, mas poderão ter uma forma menos grave da doença em função desta vacinação”, diz o Butantã.

“A melhor resposta imune com a melhor produção de anticorpos e resposta celular vai acontecer, pelo menos, 15 dias após a segunda dose. A gente estipula 15 dias como uma média. Isso não significa que vai funcionar como um relógio ou uma regra. Varia de pessoa para pessoa e, com a idade, a resposta imune diminui.”, explica a microbiologista e fundadora do Instituto Questão de Ciência, Natália Pasternack, em entrevista ao portal GQ Globo.

“Um segundo aspecto que precisa ser explicado é que a vacina é uma estratégia de saúde pública. Ela é coletiva e diminui a incidência da doença, a hospitalização e morte, porque diminui a probabilidade de você adoecer”, defendeu. “Isso não quer dizer que a gente garante uma proteção binária no indivíduo, entre sim e não. Quem tomou a vacina tem menor probabilidade de adoecer e de ficar gravemente doente. Então, vão aparecer casos isolados de pessoas que, mesmo vacinadas, vão adoecer. Vão aparecer casos isolados de pessoas que, mesmo vacinadas, vão precisar de internação e morrer”, continua a microbiologista

“Isso não deve ser olhado como uma falha da vacina. A vacina deve ser avaliada pela sua capacidade de diminuir a incidência de doença, hospitalização e morte, em uma população. E não individualmente, porque ela é uma estratégia de proteção coletiva. Ela é uma solução probabilística de redução de risco, para a população, e não uma solução mágica para o indivíduo”, conclui Natália.

Da Redação do Acontece na Bahia