Advogado diz que psicóloga encontrada sem vida em porta-malas de carro pode não ter sido vítima de homicídio

Uma notícia tem sido destaque nas redes sociais nesta sexta-feira (24). O advogado que cuida do caso da psicóloga encontrada sem vida dentro do porta-malas de um veículo em Pouso Alegre (MG), teve acesso ao inquérito policial. Fábio Costa não acredita que Marilda Matias Ferreira dos Santos tenha sido vítima de homicídio. Existe a hipótese de Marilda ter cometido suicídio, entretanto, a Polícia Civil ainda não concluiu o inquérito policial.

De acordo com o entendimento do advogado, Marilda tirou a própria vida. Fábio Costa contou que teve acesso ao inquérito policial na tarde dessa quinta-feira (23). “Primeiramente nós não acreditávamos nesta hipótese, mas depois de ter acesso ao inquérito, com todas as informações, é de se acreditar sim que ela tenha tirado a própria vida”, contou.

O marido da psicóloga a encontrou sem vida e amarrada dentro do porta-malas do carro, que estava estacionado na garagem da residência do casal. Marilda pode ter se amarrado sozinha, segundo mostra a linha de investigação. As fotos do corpo revelam que Marilda foi amarrada, entretanto, o advogado acredita que ela pode ter se amarrado sozinha.

“A causa da morte ainda é desconhecida, mas, preliminarmente, o que eu posso dizer, é que ela fez uso de medicamentos, tomou bebida alcoólica e isso acabou potencializando o uso do medicamento de uso controlado”, contou Fábio.

Fábio disse que Marilda enviou uma mensagem para um amigo afirmando que estava sofrendo perseguição. Segundo o advogado, a mensagem pode ter sido enviada da casa da psicóloga e não do local que ela informou ao amigo. O advogado contou que o delegado responsável disse informalmente que Marilda pode ter tentado criar um álibi e manipulou uma rotina diária que não dava conotação de tentativa de suicídio.

Numa conversa com o delegado, ele me disse que, por causa da localização geográfica do telefone, quando ela manda mensagens pra um amigo dizendo que estava sendo perseguida, ela já estava em casa. Ela também colocou o carro de ré, coisa que ela não fazia, talvez pra entrar no porta-malas e pra alguém passar e não ver ela entrando dentro. Ela desmarcou uma consulta com uma paciente, coisa que ela não fazia. Isto deve estar relatado no relatoria final do delegado”, contou.

Fábio contou que no inquérito não foi verificado indícios de que a psicóloga tenha sido agredida e inexiste evidências que possam incriminar alguém por homicídio. O marido da vítima era suspeito do crime, mas foi ouvido pela Polícia Civil e liberado. O inquérito não aponta indícios que o incrimine.

Pelo tipo do homicídio, uma menina que veio do interior de São Paulo para morar em Minas, ele é mais velho com ela, óbvio que a primeira pessoa a se suspeitar é o marido, mas o que tem no inquérito, até o momento, não coloca ele em nenhum momento como suspeito. Ele disse que estava em tal lugar e foi confirmado isso. Não é a conduta de quem pratica o crime correr atrás das provas. Ele vem colaborando até o presente momento”, disse Fábio.

O inquérito policial ainda não foi concluído e a Polícia Civil aguarda o resultado de exames toxicológicos e da perícia, feitos no IML em Belo Horizonte (MG). Marilda Ferreira dos Santos, 37 anos, foi encontrada sem vida dentro do porta-malas do seu veículo, no dia 22 de agosto, no bairro Fátima II, em Pouso Alegre, MG. O corpo da psicóloga foi encontrado pelo marido dentro da garagem da própria residência. De acordo com a investigação, o imóvel não tinha sinais de arrombamento.

Da redação do Acontece na Bahia