Vídeo antes da tragédia: sargento Eduardo Santiago riu com o amigo que o mataria uma hora depois

O caso que chocou o Rio de Janeiro neste domingo (19) envolve o sargento Eduardo Filipe Santiago Ferreira, da Polícia Militar, que foi morto a tiros pelo próprio amigo e compadre, o também policial William Amaral da Conceição, cerca de uma hora após ambos aparecerem rindo juntos em um vídeo nas redes sociais.

A gravação, feita pouco antes da tragédia, mostra os dois confraternizando em um bar na Avenida Jambeiro, em Vila Valqueire, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Segundo testemunhas, os policiais haviam passado a noite bebendo e aparentavam estar em perfeita harmonia.

“Eles estavam tranquilos, rindo, como sempre. Ninguém entende o que aconteceu, porque eles eram amigos de verdade”, relatou Mariana Monteiro da Cruz Rodrigues, ex-mulher da vítima.

Discussão terminou em morte

De acordo com as investigações, os dois começaram a discutir dentro de um carro após deixarem o bar. A briga escalou rapidamente. Câmeras de segurança registraram o momento em que Santiago tenta conter o colega:

“Amaral! Amaral! Tá maluco? Sou eu, Santiago, mano!”, grita o sargento.

Mas o outro policial, descontrolado, responde:

“Vai tomar no c*! Eu vou te matar!”.

Logo em seguida, o tiroteio começa. Ambos trocam disparos no meio da rua, sob forte chuva. Santiago é atingido por pelo menos oito tiros no peito e cai ao lado do carro. Ele morreu antes da chegada do socorro.

Prisão e depoimento

O sargento William Amaral foi preso em flagrante e levado inicialmente ao Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, antes de ser transferido para o Hospital Central da PM, no Estácio. Em depoimento à Polícia Civil, ele alegou não lembrar do momento dos disparos e afirmou que os dois haviam sofrido uma tentativa de assalto, versão que não foi confirmada pelos investigadores.

Investigação

A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) investiga o caso. As imagens das câmeras de segurança e os depoimentos de testemunhas serão fundamentais para esclarecer o que levou ao crime.

Os dois policiais eram padrinhos de casamento e de batismo dos filhos um do outro, o que torna o caso ainda mais trágico e inexplicável.

Da Retadação com informações do Bacci Notícias

Foto: reprodução Redes Sociais